EM BUSCA DA IGUALDADE

“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.”

(Karl Marx)

Uma sociedade democrática, justa e humanitária pressupõe o respeito a todas as pessoas e a garantia de direitos, independente de sexo, cor, idade, condições físicas, mentais e orientação sexual. Esta é uma disposição de nossa Lei maior, desde 1988. Cabe aos conselhos promoverem a discussão na sociedade, estimulando a transformação da mentalidade antiga para estes novos conceitos, visão de homens e mulheres, combatendo as desigualdades e valorizando a diversidade humana, em que todas as diferenças são fundamentais.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vencendo o Preconceito!!!



Alguns de nós ficamos verdadeiramente escandalizados diante das notícias do quanto ainda existem nas sociedades os preconceitos de cor, raça, classe social, condição econômica ou cultural. No entanto, sem que percebamos, podemos estar agindo preconceituosamente em nossas relações com Deus,
como próximo e até conosco mesmo.

Podemos começar refletindo um pouco sobre o que significa o preconceito. Como o termo diz, trata-se de um conceito antecipado a respeito de uma pessoa, coisa ou situação. O preconceito está intimamente ligado às informações que trazemos em nossa memória, de fatos vividos ou conhecidos.

Assim, ao nos encontrarmos em uma situação parecida, associamos àquela experiência anterior como se fosse a mesma. O preconceito também está muito ligado à aparência exterior da situação, coisa ou pessoa. Baseados no que parece, podemos julgar algo que não corresponde à verdade. Portanto, o preconceito pode ser em nossa vida um grande engano, uma grande ignorância fantasiada de “saber”. E pode aprisionar a nós e aos outros.
Nas relações interpessoais os preconceitos podem ser impedidos de grandes amizades e verdadeiras prisões que encerram as pessoas em rótulos, a partir de atos que cometeram no passado, ou que ainda estão cometendo, mas que nos impedem de vê-la em profundidade, para além do rótulo, ou perceber que são capazes de mudar. Desse modo, agimos nos arvorando de pretensos deuses, quando na realidade nem Deus é preconceituoso com nenhum de nós. Imagine se Deus, que desde o princípio tudo vê, que conhece o nosso pecado e as nossas fraquezas em profundidade, fosse preconceituoso conosco, já há muito teríamos perdido todas as chances de existir. No entanto Ele, que criou o mundo do nada, está sempre investindo em nós, esperando a nossa conversão até o último instante de nossa vida. Se fosse possível humanizar a imagem de Deus a este ponto, eu diria que Deus tem muito mais fé em nós do que nós nele. Sim, porque no fundo de nosso preconceito está a falta de fé em Deus,
que a tudo e a todos pode transformar.

A triste conseqüência de nossos preconceitos pessoais é o preconceito social, que tanto nos escandaliza. O preconceito individual pode ser propagado pelas nossas más palavras de tal forma que não seremos mais capazes de deter esta espécie de bomba que às vezes levianamente lançamos uns contra os outros. Tudo pode começar com um comentário, uma antipatia, uma rejeição confidenciada, e a nossa opinião tão mutável terá sido lançada como um rótulo no outro. E o outro, na sua fraqueza, poderá acabar assumindo este rótulo durante toda a vida enquanto sua verdadeira imagem estará para sempre escondida no coração de Deus. Então seus talentos e tudo o que Deus tinha para fazer através dele fica sepultado como uma semente que não desabrochou.

Ao contrário dos fariseus de sua época, sempre fechados no pequeno mundo dos seus conceitos, Jesus não classificava as pessoas, ninguém era indigno de se relacionar com Ele, por pior que fosse seu passado. Ele conseguia compreender e valorizar o ser humano independentemente de seus erros, da sua história. Isso não significava que compactuasse com o pecado, mas que acolhia o pecador, fosse qual fosse o seu pecado. Foi assim que agiu com a mulher samaritana, com Zaqueu, com Levi, com a pecadora pública e com todos os pecadores que encontrou. E foi justamente seu amor incondicional que gerou neles a transformação que os fariseus não puderam ver.

Assim como aconteceu aos algozes de Cristo, pode estar acontecendo conosco, que tantas vezes nos consideramos “bons cristãos”. O preconceito que nos impede de ir até os mais “mal afamados” para lhes dizer que Jesus os ama com atos, muitas vezes esconde a nossa inconsistência interior, porque no fundo sabemos que somos tão vulneráveis como eles, e é apenas um mistério da graça divina que nos impediu de agir como eles.
O preconceito é um veneno capaz de roer as relações entre famílias, comunidades religiosas, irmãos, amigos, conhecidos e desconhecidos, e tudo podem começar com um único olhar de julgamento de nossa própria parte.

Que o Senhor nos conceda a graça da purificação do nosso olhar, dos nossos raciocínios e, sobretudo da nossa memória, para que, escandalizados com as histórias de preconceitos que observamos nos jornais, não estejamos nós a
fazer o mesmo.

Shalom Maná

Conceitos

Gênero: Conceito formulado nos anos 1970 com profunda influência do pensamento feminista. Ele foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social, baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura. Assim, gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos.

Identidade de Gênero: Diz respeito a percepção subjetiva de ser masculino ou feminino, conforme os atributos, os comportamentos e os papeis convencionalmente estabelecidos para homens e mulheres.

Estereótipo: Consiste na generalização e atribuição de valor (na maioria das vezes negativa) a algumas características de um  grupo, reduzindo-o a essas características e definindo os “lugares de poder” a serem ocupados. É uma generalização de julgamentos subjetivos feitos em relação a um determinado grupo, impondo-lhes o lugar de inferior e o lugar de incapaz no caso dos estereótipos negativos.

Estigma: marca, rótulo atribuídos a pessoas e grupos,seja por pertencerem a determinada classe social por sua identidade de gênero,por sua cor/raça/etnia.O estigma é sempre uma forma de simplificação ,de desqualificação da pessoa e do grupo.Os estigmas decorrem de preconceitos e ao mesmo tempo os alimentam,cristalizando pensamentos e expectativas com relação a indivíduos e grupos.

Etnia: Refere-se  à classificação de um povo ou de uma população de acordo com sua organização social e cultural,caracterizadas por particulares modos de vida .

Desigualdade: quando falamos em desigualdade,estamos tratando de um fenômeno social que produz uma hierarquização entre indivíduos/ou grupos não permitindo um tratamento igualitário ( em termos de oportunidades,acesso a bens  e recursos etc.) a todos/as.

Bibliografia
Gênero e Diversidade na escola.
Formação de professores em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e relações Étnico-Raciais

Tema 2 - Igualdade de gênero, raça/etnia na educação formal - Família, hierarquias e a interface público/privado

 A prefeitura de Mucurici está construindo o Museu do Contestado, com o intuito de preservar a memória do conflito do Contestado,onde nesta época, foram definidas as fronteiras dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia.
Além  valorizar a história, o  Museu do Contestado servirá também como ponto de recepção e informação dos turistas na cidade, bem como local de apoio e pesquisa para escolas e universidades da região em registros históricos e referências sobre o litígio.
O Planejamento dos trabalhos do Museu está sendo inteiramente voltados à integração da escola, comunidade e turistas através de exposição de acervo em audiovisual, exposições de artesanatos como o fuxico e do couro da tilápia dentre outras, manifestações culturais e trabalhos escolares.
A forma de cada ser humano enxergar o outro, depende de sua cultura. Assim,
esta política pública municipal, é fundamental para a promoção da igualdade de gênero e raça/etnia, pois  fornece meios de construção de um futuro mais justo, através do conhecimento do passado, vivenciado no presente.

  
  
Dentro do exemplo cotidiano:
 Questionamento:
 -Que políticas públicas educacionais devem ser desenvolvidas para a promoção da Igualdade de gênero, raça/etnia, que envolvam as famílias ?
 Sugestão:
 *Inserir na grade curricular infantil, conteúdo cultural e reflexivo:
-de onde eu vim?
-quem sou eu ?
-eu no contexto família, escola, cidade, estado, país e mundo.
-levantamento da cultura local e de outros povos (religião,costumes,culinária, forma de  pensar, forma de agir,música,etc)
-mostrar que as diferenças são positivas.
*Envolver as famílias na escola  durante construção deste trabalho.

Partindo do pressuposto que a família tem papel fundamental na formação psicológica de uma criança e que a escola tem a responsabilidade de fornecer uma educação formal, podemos dizer que:
 A valorização pessoal, que é o passo inicial para a construção de uma elevada auto estima de uma pessoa, nasce na medida em que esta conhece sua história e a do lugar em que vive, pois  tem a possibilidade de se contextualizar dentro dela.



TEMA – 2: IGUALDADE DE GÊNERO, RAÇA/ETNIA NA EDUCAÇÃO FORMAL Família, hierarquias e a interface publicam/privado


Casos de violência de gênero no município

Uma experiência vivenciada que envolveu a comunidade de Mucurici na busca pela defesa dos direitos humanos, foi a Campanha realizada na segunda semana de junho, que teve como objetivo o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Essa ação envolveu setores da sociedade civil e governamental através de panfletagem, visita nas escolas, palestra com jovens, dentre outras. Semanas após a Campanha, notamos o resultado positivo dessas ações, sendo que, foram encaminhadas ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS - vários casos de violação de direitos não somente de crianças como também de idosos e pessoas com deficiência. Os casos surgiram através de denuncias da sociedade por meio do telefone nacional de defesa dos direitos humanos, disque 100. A equipe do CREAS realizou o atendimento desses
casos e a adoção dos devidos encaminhamentos.


Segue abaixo o relatório elaborado pela equipe do CREAS que descreve como se desenvolveu a V Campanha de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em Mucurici:

Relatório das ações da Campanha Municipal de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no município de Mucurici

O município de Mucurici está localizado no extremo noroeste, a 353 quilômetros de distância da capital do estado e tem uma população, segundo dados do IBGE de 2010, de 5672 pessoas. A área total do município é de 537,711 km² (comparativamente, o município de Serra possui uma área de 553,254 km²).  O município é dividido em dois distritos, Mucurici o centro,  Itabaiana e mais os povoados de Água Boa e Assentamento Córrego da Laje. Parte significativa da população reside na zona rural. A economia do município é baseada em pecuária com extensas pastagens, cultivo de cana, de eucalipto e agricultura de subsistência. Sua população tem origem em migrantes pobres de regiões da Bahia e de Minas Gerais que se fixaram na região nas décadas de 1950 e 1960 atraídos pelas terras, que na época encontravam-se cobertas pela mata atlântica, e hoje está extremamente reduzida. Esta devastação refletiu no clima da cidade, Mucurici tem o menor índice pluviométrico do Espírito Santo e já passou por períodos de seca.


Sendo assim, por essas características e pela avaliação das outras campanhas, a equipe responsável decidiu por fazer uma panfletagem visando atingir o maior número possível de pessoas que residem no município. Esta ação também tem como intenção aproximar os serviços públicos da população, fazendo-os conhecer que são as pessoas que trabalham nas áreas a que podem recorrer quando preciso, em outras palavras e de maneira coloquial, “dar um rosto” a uma instituição e serviço. Para a realização da referida ação, contamos com a presença dos integrantes dos coletivos do Projovem de Itabaiana e Mucurici, os conselheiros tutelares do município, estudantes do curso de Serviço Social e a equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). A presença do Projovem tem como objetivo sensibilizar os jovens que participam deste projeto para que possam se indivíduos com uma visão crítica apurada sobre o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e possam intervir de maneira positiva na sociedade que estão inseridos. Antes de saírem a campo, o Projovem teve uma palestra com a assistente social do Cras, Monica Reis da Cunha, sobre o tema da campanha e qual a forma e o que seria feito na abordagem das pessoas. Foi dito que seriam formados grupos de três ou quatro pessoas que ficariam responsáveis por conversar com os moradores das casas, transeuntes, trabalhadores do comércio local sobre a Campanha Municipal de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e também sobre o Disque Direitos Humanos, o Disque 100, que pode ser acionado nos casos de abandono de menores, negligência, abuso contra idosos, etc. e é mais uma ferramenta para a garantia de direitos. Foi pedido que ficassem atentos a possíveis denuncias e se ocorressem, falassem com o responsável pelo grupo. Estas informações foram passadas aos outros participantes da campanha.

A campanha no distrito de Mucurici aconteceu nos dias sete de junho e sete de julho e contou com seis grupos formados pelas pessoas já referidas. Os grupos foram divididos pelos bairros e conversavam com as pessoas pelas ruas, chamavam nas casas (sendo esta a principal ação e colavam adesivos em locais próprios para colar cartazes, nas casas (com autorização dos proprietários) e em telefones públicos. Nestes dias, os participantes da campanha foram às duas escolas do distrito. A campanha começou às 13 horas do dia sete de junho e continuaria até que todas as casas do distrito fossem visitadas, mas por razões adversas não foi possível e para não atrapalhar o cronograma estabelecido foi decidido terminar a campanha no mês seguinte.

No dia oito de junho foi feita a campanha em Água Boa. Devido às dimensões do povoado, foram apenas três grupos com parte da equipe do Cras e parte da equipe do Conselho Tutelar. Teve início às oito horas da manhã e foi estimado o seu fim ao meio-dia, mas se fosse necessário seria estendido das 13 horas até a finalização dos trabalhos, porém não foi necessário. Aqui, o diálogo na escola do povoado foi importantíssimo, pois a maior parte dos pais dos estudantes trabalham no campo e não seria possível chegar até eles, então as crianças seriam nosso elo com os adultos.

No dia 10 de julho a campanha foi levada para o Assentamento Córrego da laje e ocorreu de maneira semelhante à Água Boa, com a panfletagem nas ruas e casas e a campanha na escola. Apenas uma parte da equipe do Cras participou. Foram iniciados os trabalhos por volta das nove horas da manhã e pouco depois das 11 horas já havia sido concluído.

Nos dias nove e 15 de julho a campanha ocorreu no distrito de Itabaiana. No primeiro dia, nós começamos nossas ações às nove horas e as 11 foi decidido parar. Nesta primeira parte apenas a equipe do Cras participou com dois grupos de duas pessoas. A segunda parte teve início às 13 horas e 30 minutos e tivemos o acréscimo do grupo do Projovem e de sua orientadora social. A panfletagem ocorreu como as anteriores, entretanto uma das escolas não estava funcionando no período vespertino por isso apenas foi deixado o material da campanha. Na outra escola houve um diálogo. Como não foi possível concluir a ação no dia nove, nós tornamos a realizá-la no dia 15 do mesmo mês, durante a tarde, com a participação do Projovem, para terminá-la.

Com essas ações pretendemos diminuir, se possível acabar, com o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, aproximar os serviços públicos, Cras e Centro de Referência Especializado de Assistência Social da população que necessita deles e pôr em questão e discutir o que está sendo feito ou negligenciado em relação aos adolescentes e crianças do município.

Conceitos:


Políticas públicas são diretrizes tomadas que visam à resolução de problemas ligados à sociedade como um todo, engloba saúde, educação, segurança e tudo mais que se refere ao bem-estar do povo, pode ser entendida como sendo um nexo entre a teoria e a ação. 

Gênero: Não existe uma definição concreta de gênero, mas do contexto se infere o conceito de relação de poder. É uma categoria relacional do feminino e do masculino, considera as diferenças biológicas entre os sexos, reconhece a desigualdade, mas não admite como justificativa para a violência, para a exclusão e para a desigualdade de oportunidades no trabalho, na educação e na política.

Raça  Do ponto de vista científico não existem raças humanas; há apenas uma raça humana. No entanto, do ponto de vista social e político é possível (e necessário) reconhecer a existência do racismo enquanto atitude. Assim, só há sentido em usar o termo raça numa sociedade racializada, 
ou seja, que define a trajetória social dos indivíduos em razão da sua aparência. 

Cultural-identitária  Esta teoria se apóia nas identidades culturais de grupos sociais e se inspirou em autores como Kant, Rousseau, Hegel, Weber, Habermas, Foucault, Bourdieu, entre outros. A teoria e a realidade das identidades culturais remetem ao aprofundamento do tema dos direitos culturais, especialmente no contexto da globalização, com suas poderosas dinâmicas de interligação, comunicação, intercâmbio. Boaventura de Sousa Santos, em Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitismo multicultural (Rio de Janeiro: Civilização Brasiliense, 2003), propõe

O Racismo pode ser entendido como conjunto de ideias, doutrinas e pensamentos que estabelece, justifica e legitima a dominação de um grupo racial sobre outro, pautado numa suposta superioridade do grupo dominante em relação aos dominados. Num regime onde prevalece o racismo – como o apartheid, que vigorou na África do Sul – recursos diversos são distribuídos desigualmente e são informados por fatores raciais e culturais;

Racismo institucional Mesmo que nos contatos face a face nós possamos reconhecer tratamentos igualitários ou que buscam ser igualitários, isto não altera a lógica discriminatória embutida na própria forma de funcionamento das instituições. Quando tal discriminação, normativa ou apenas factual, incide sobre as características ditas raciais, estamos então diante do racismo institucional.

Miscigenação é a união, a coabitação ou o casamento entre pessoas de diferentes grupos raciais. Um sinônimo de miscigenado é mestiço. A imagem de um Brasil mestiço resulta da relação entre mulheres e homens brancas/brancos, negras/negros e indígenas, que tiveram filhas e filhos miscigenados.

O Preconceito é a qualificação negativa ou positiva do indivíduo a determinadas coletividades (por raça ou gênero, por exemplo) amparada por generalizações pré-concebidas. O preconceito está localizado no pensamento, mas toma forma cotidiana por meio de estereótipo, que pode ser entendido como uma personificação de valores ou traços de comportamento – geralmente, pejorativos – atribuídos a um grupo.

A Discriminação pode ser entendida como o momento em que o preconceito e o estereótipo conduzem a ação de um indivíduo “A” no cerceamento dos direitos ou tratamento desigual em relação ao indivíduo “B”. 

A Equidade (racial) diz respeito a uma forma de aplicar o direito, buscando o mais próximo possível do justo e do razoável. Significa tratar os desiguais de forma desigual num determinado momento, a fim de corrigir distorções causadas por injustiças. 

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesabully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

Etnocêntrico  é a tendência a considerar seu grupo étnico, nação ou nacionalidade como mais importante do que os demais. Uma globalização alternativa que reconheça e valorize o multiculturalismo emancipatório.

Degenerescência  ato de perder as características próprias da espécie, com declínio de qualidade, ou seja, mudando para pior. A mestiçagem brasileira era identificada com o declínio da população no país.
Transdisciplinar  A transdisciplinaridade busca a relação entre os diversos saberes, igualmente importantes. É uma abordagem científica e cultural que pretende a unidade do conhecimento e a superação da mentalidade fragmentária, incentivando conexões, considerando os vários níveis e a complexidade da realidade. A transdisciplinaridade não significa apenas que as disciplinas colaborem entre si, mas também que exista um pensamento organizador que ultrapasse as próprias disciplinas. A  transdisciplinaridade é integradora.


(Márcio Macedo e Uvanderson Silva. In: Revistas Igualdades, diversidades: promoção de políticas de igualdade racial nas políticas públicas – a experiência de Santo André. São Paulo: Ação Educativa / Prefeitura Municipal de Santo André, 2007).



Módulo 1 - Políticas Públicas e Promoção da igualdade
Unidade 1 - Políticas Públicas: Conceitos, Objetivos e Práticas de Participação Social.
Unidade 2 - Diversidade e Igualdade.
Unidade 3 - Políticas Afirmativas de Raça e Gênero e a Busca da Igualdade de Oportunidades.