EM BUSCA DA IGUALDADE

“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.”

(Karl Marx)

Uma sociedade democrática, justa e humanitária pressupõe o respeito a todas as pessoas e a garantia de direitos, independente de sexo, cor, idade, condições físicas, mentais e orientação sexual. Esta é uma disposição de nossa Lei maior, desde 1988. Cabe aos conselhos promoverem a discussão na sociedade, estimulando a transformação da mentalidade antiga para estes novos conceitos, visão de homens e mulheres, combatendo as desigualdades e valorizando a diversidade humana, em que todas as diferenças são fundamentais.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Plano de Ação - Pólo Pinheiros - Grupo 04


Fórum Comunitário “Construção da Igualdade de Gênero”.



Objetivo Geral da ação:

  • O objetivo do Fórum Comunitário para as Mulheres é discutir e elaborar propostas de políticas que contemplem a construção da igualdade de gênero, com o fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres, e contribuir para a erradicação da pobreza e para o exercício pleno da cidadania, tendo como prioridade a participação de todos, na busca de soluções para os problemas, interagindo Famílias, Escolas e Comunidades, propondo uma nova forma de viver, através da conscientização e ações para transformar a sociedade.
Justificativa:


Nós, mulheres brasileiras, fomos protagonistas de importantes mudanças no país, no último século: na casa, na rua e na Política. Não somos mais as mesmas. Mudamos e contribuímos para os avanços da sociedade. Estamos na luta permanente para mudar o Brasil e por um mundo fraterno, solidário, sem violência, sem preconceito, sem sexismo, sem racismo e com justiça social.
Nós, mulheres brasileiras, há muito afirmamos que políticas públicas para as mulheres devem ser pensadas com integralidade, ou seja, na junção das políticas econômicas com as políticas sociais. As mulheres negras venceram o medo e tiveram a coragem de romper com uma estrutura racista e patriarcal, que lhes negava a humanidade. As lésbicas tiveram a coragem de romper com os padrões hegemônicos dos donos dos sentimentos e demonstrar que não existe uma única maneira de amar e serem amadas. As agricultoras, que revolvem a terra, semeiam e colhem mais que nossos alimentos cotidianos, nos devolvem esperança. As feministas, que demonstraram que os direitos das mulheres são direitos humanos e que a autonomia é fundamental para que possamos governar nossas vidas, nossos corpos, nossa sexualidade, nosso país. É preciso ter sempre em mente qual é a situação da mulher brasileira hoje. Importantes espaços nas empresas privadas e na vida pública já deixaram de ser exclusividade masculina. Ao contrário de antes, por exemplo, as mulheres passam mais anos estudando do que os homens.
Este Fórum fundamenta-se na mobilização e conscientização da comunidade, para que seja discutido com a comunidade questões referente à política pública para mulheres no Município de Pinheiros.
Atualmente, o nosso desafio como futuros Gestores em Políticas Públicas é mobilizar a sociedade para uma conscientização voltada para a construção, baseada em mudanças de valores e atitudes. A participação ativa de todos é de suma importância para a construção de atitudes e mudanças na sociedade em nossa região, nos valores e na melhoria da qualidade de vida da população em todos os sentidos, levando conhecimento, auto-ajuda e entretenimentos. 
É preciso fazer valer as leis dos direitos de cidadãos, mas para isso é necessário acabar com diferenças sociais tão marcantes  em nosso País. Para tanto se faz necessário a implantação de políticas Públicas que viabilizem esses direitos, através da educação de qualidade e  condição de trabalho a todos independente de cor, raça e gênero. Compete a todos nós a responsabilidade de contribuir para a construção de um mundo novo. Os resultados reais dessa transformação só acontecem quanto se respeita a vida e as diferenças que marcam os indivíduos.

Descrição da ação:



O tema central do evento será “Erradicação da pobreza”, desenvolvidos a partir de quatro eixos estratégicos. São eles: Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão social; Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres; Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão; Direito à terra, moradia digna e infra-estrutura social, nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais. O evento ocorrerá no teatro Municipal de Pinheiros para toda Comunidade Pinheirense, com o foco especial nas mulheres, através de palestras e debates. 



Cronograma:

     - O Fórum Comunitário para Mulheres de Pinheiros se desenvolverá em etapas:
    Novembro 2011
    - Apresentação da Proposta as Secretárias Municipal de Educação, Saúde e Cultura.
    ·                    Contratação dos Palestrantes;
    ·                    Preparação (Divulgação: Panfletos, folders e Propaganda carro de som);
    ·                    Elaboração do diagnóstico da situação das mulheres no Município;
    Fevereiro 2011


    •  Realização do evento;
    • Comprovação por meio de relatórios
    População beneficiada:


    • População Pinheirense
    • Comunidades, Diretores e Professores de Escola Pública e Particular, Gestantes, Idosos e Estudantes acima de 18 anos.

    Referências Bibliográficas:


    1.Desigualdade Salarial. 2. Discriminação por Gênero. 3. Discriminação por Raça. 4. Desigualdade Educacional. 5. Simulações Contra-factuais. I .Ferreira, Francisco H. G. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Economia. III. Título.Anna Risi Vianna

    Vídeo: A DÁDIVA DA MULHER


                                    http://www.youtube.com/watch?v=FbBFXeyVswU&feature=fvsr




    Amélia, nunca mais!

    Amélia, personagem dos versos de Mário Lago musicados por Ataulfo Alves em 1941, não tinha a menor vaidade e passava fome ao lado de seu amor. Entre outras renúncias, isso fazia dela uma "mulher de verdade", segundo os padrões machistas da época. E hoje, mais de meio século após a gravação da canção, será que ainda há lugar para essas mártires? O artigo de Lya Luft e a reportagem sobre as assassinas de Tucumán fornecem a resposta. 

    Estropício 
    Itamar Assumpção
     


    Quando já é madrugada mexe o trinco da porta / Eu dormindo sossegado e você chegando torta / Penso ser troço mandado pois a coisa anda solta / Desmilingüida na escada você parecia outra / Estava doida varrida, farrapo, trapo, danada / Esparramada, caída, tendo que ser carregada / O que que faço com isso, perguntava enquanto olhava / Para você, estropício, que gemia, delirava / De palhaçada já chega muito a troco de nada / Sou eu quem segura as bombas quando você xinga os guardas / Amanhece com ressaca, não consegue abrir as pálpebras / Umas nas outras coladas parecendo que tá morta / Passou da medida, chega, transbordou o copo d’água / Pra que que quero quem chega quando já é madrugada / Acordando o mundo inteiro, vomitando na calçada / Pra que quero quem chega e já não presta pra nada / Quando já é madrugada...
     



    Olhando a paisagem 
    Luiz Tatit 

    Odete me deixou lá fora
     
    olhando a paisagem / Foi dar uma voltinha, fazer qualquer coisa /
     
    Ê, Odete, toda enigmática /
     
    Nunca diz aonde vai
     
    Mas bem que ela foi inteligente mostrando a paisagem / Pois eu não estava fazendo nada mesmo /
     
    Imagine que coisa tediosa ficar ali esperando / Sem ter o que olhar
     
    No entanto, não tinha sentido
     
    ela demorar tanto / Deixando-me ali horas e horas / Anoitecia, passavam-se os dias / E nada de Odete voltar
     
    Até que eu fiquei desconfiado
     
    que algum imprevisto / Algum contratempo tivesse afligido Odete / Foi a conta! Entrei pra dentro e comecei a telefonar
     
    Liguei pra um monte de gente /
     
    E todos foram unânimes / Infames! Tentavam me convencer / Que Odete não ia voltar /
     
    E pediam pra que eu desistisse / Que desistir uma pinóia!, eu respondia / Vai voltar, sim!
     
    O que me intrigava na história é que o tempo passava / Passava e já tinha um mês e meio / E olha que isso é muito! / Pra quem espera o tempo passa devagar
     
    Mas quando eu já estava no auge da desilusão e da desesperança / Quem é que aparece? / Quem é que pinta na minha paisagem? / Quem é que vem segurando um pacote? / Quem é que pede pra eu dar uma mãozinha / Quem é que me aperta, me abraça e me dá um beijo, quem é? / Quem é que chega com a cara cansada / E no entretanto inda topa fazer um café? / Quem é? Quem é? Quem é? / Vamos, respondam só isso: Odete!!!


    Consultoria Fernanda Padovesi Fonseca
    Professora de Geografia do UniFIEO, de Osasco (SP)