EM BUSCA DA IGUALDADE

“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.”

(Karl Marx)

Uma sociedade democrática, justa e humanitária pressupõe o respeito a todas as pessoas e a garantia de direitos, independente de sexo, cor, idade, condições físicas, mentais e orientação sexual. Esta é uma disposição de nossa Lei maior, desde 1988. Cabe aos conselhos promoverem a discussão na sociedade, estimulando a transformação da mentalidade antiga para estes novos conceitos, visão de homens e mulheres, combatendo as desigualdades e valorizando a diversidade humana, em que todas as diferenças são fundamentais.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Denúncias marcam audiência da CPMI da Mulher no ES


A omissão do estado na morte de Fernanda Rodrigues Crisóstomo foi denunciada à CPMI da Violência contra a Mulher durante audiência pública da Comissão, realizada nesta sexta-feira (11/5), na Assembléia Legislativa do Espírito Santo.
O caso foi considerado emblemático pela CPMI, pois ao longo de quase dois meses, Fernanda recorreu à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, ao Ministério Público e à Vara de Violência Doméstica, na tentativa de obter proteção do estado. Tudo em vão: acabou sendo morta no dia 29 de fevereiro deste ano à espera de atendimento.
A CPMI, que tem justamente o objetivo de apurar o cumprimento da lei na proteção de mulheres vítimas de violência, também recebeu a denúncia de crime que teria sido praticado por um deputado estadual, caso sobre o qual deverá ser encaminhado requerimento de informação ao Ministério Público e representação perante à Assembléia Legislativa para instauração de processo disciplinar.
A audiência pública, considerada a mais importante das realizadas pela CPMI, por ser o Espírito Santo o estado que lidera o ranking nacional de assassinato de mulheres, de acordo com dados do Instituto Sangari,  indagou sobre as políticas que o estado tem adotado para prevenir, inibir e punir a violência cometida contra as mulheres. No estado, a taxa de homicídio é de 9,4 por grupo de 100 mil mulheres, mais que o dobro da média nacional, que é de 4,4 assassinatos por 100 mil.


A presidente Jô Moraes (PCdoB-MG) e a relatora da Comissão senadora Ana Rita (PT-ES) , após realizarem diligência nos equipamentos do estado, destacaram preocupação com a ausência de políticas públicas estruturadas, que se reflete na falta de estrutura física nas delegacias, na escassez de pessoal, na carência de profissionais qualificados e na falta de varas especializadas.
Ana Rita afirmou que o Brasil possui um conjunto de legislação importante para o enfrentamento da violência contras as mulheres, a exemplo da Lei Maria da Penha, mas os números de casos de violência continuam aumentando, resultado de uma cultura machista e patriarcal profundamente arraigada na sociedade brasileira.
A CPMI questionou o poder público, representado na audiência pela juíza Hermínia Azoury, coordenadora da violência doméstica e familiar do Tribunal de Justiça do estado; pela Dra. Zulmira Teixeira, promotora de justiça do Ministério Público estadual;  pelo defensor público geral Gilmar Alves Batista; e pelos secretários estaduais, de segurança pública, Henrique Herkenhoff,; de assistência social e direitos humanos, Rodrigo Coelho; de saúde, Tadeu Marino e de Justiça, Ângelo Roncalli. Indagados sobre a análise crítica que o estado do Espírito Santo faz por ser há mais de 10 anos o estado do Brasil mais violento para as mulheres, sobre as políticas públicas existentes na área e sobre o orçamento destinado para o enfrentamento à violência contra a mulher, todos foram unânimes em reconhecer que a liderança do estado em número de femicídios se dá pela ausência de políticas públicas eficazes para o enfrentamento à violência cometida contra as mulheres capixabas.

Ações
O secretário de Estado de Segurança Pública, Henrique Herkenhoff, admitiu os índices elevados de femicídios no Estado e garantiu que o número de delegados e escrivães será dobrado nas DEAM´s e que elas funcionarão 24h na Grande Vitória.
O secretário afirmou, ainda, que as políticas públicas dependem também do conhecimento do problema. Admitiu que a Lei Maria da Penha é cumprida de forma irregular, até mesmo pela falta de efetivo policial, mas informou ter baixado Portaria para que as autoridades policiais cumpram integralmente a Lei.
Já o secretário de Estado de Saúde, Tadeu Marino, acredita que faltam políticas públicas para enfrentar essa violência, mas questões culturais e sociais também devem ser levadas em consideração. Alegou que a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência está funcionando e será ampliada.
“Grande parte dos hospitais atendem e não notificam os casos. Orientamos para que essas mulheres tenham assistência e não sejam também vítimas de preconceito”, disse Marino.
O secretário de Assistência Social do Estado, Rodrigo Coelho, entregou à CPMI um relatório com as sugestões da pasta para minimizar o problema. No documento, Coelho detalhou quando e onde estão sendo investidas verbas estaduais para o enfrentamento à violência contra a mulher.
Já o secretário de Justiça, Ângelo Roncalli garantiu haver um sistema carcerário especial para as mulheres e afirmou que não faltará vaga nas prisões femininas.
Ao final da audiência pública, que durou mais de quatro horas, representantes da sociedade civil organizada deram suas contribuições à CPMI e cobraram ações efetivas do Poder Público estadual para que o Espírito Santo deixe de ocupar o desastroso lugar no topo do ranking da violência contra a mulher.
Diligências e visitas
No Espírito Santo, as integrantes da CPMI percorreram órgãos públicos em busca de dados sobre a execução do serviço de atendimento e prevenção à violência contra mulheres.
A primeira diligência, realizada na tarde da última quinta-feira (10/5), foi à Delegacia de Defesa da Mulher de Vila Velha, município que registra um dos maiores índices de violência contra mulher no país.
Em Vila Velha, a Comissão recolheu dados e informações sobre o atendimento às mulheres vítimas de violência e verificou as principais dificuldades encontradas para a realização dos trabalhos, entre elas, a carência de pessoal e estrutura física inadequada. Logo após a senadora Ana Rita, participou de reunião com o movimento de mulheres do Espírito Santo.
Antes da audiência pública, a comitiva constituída pela presidenta e a relatora,  e a deputada federal Suely Vidigal (PDT-ES) esteve com o governador, Renato Casagrande (PSB) e seu vice Givaldo Vieira, secrertários estaduais e a coordenadora de políticas para as mulheres do estado, Laudicéia Schuaba.
As parlamentares visitaram, também,  o Centro de Antendimento às Vítimias de Violência e Discriminação (CAVVID), em Vitória, que tem boa estrutura, mas uma rede não de todo integrada. No roteiro da CPMI ainda estiveram visitas ao Procurador do Ministério Público estadual, Eder Pontes e ao presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desembargador Pedro Valls Feu Rosa.
A audiência pública contou com participação expressiva da sociedade civil e do movimento de mulheres, que lotaram o auditório e a galeria do Plenário da Assembleia. Além das integrantes da Comissão, a presidente Jô Moraes (PCdoB-MG), a relatora Ana Rita (PT-ES) e a deputada Suely Vidigal (PDT-ES), participaram também da audiência a vice presidente da Câmara dos Deputados, Rose de Freitas (PMDB-ES), a deputada federal e ex ministra de mulheres do governo Dilma, Iriny Lopes (PT-ES), o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), os deputados federais Audifax Barcellos (PSB-ES) e Lelo Coimbra (PMDB-ES) e os deputados estaduais Cláudio Vereza (PT-ES), Genivaldo Lievore (PT-ES), Roberto Carlos (PT-ES) e Luzia Toledo (PMDB-ES).

http://www.anarita.com.br/index.php/denuncias-marcam-audiencia-da-cpmi-da-mulher-no-es/



28/05 - Comissão Tripartite do Trabalho Doméstico se reúne, nesta 2ª feira, na SPM
Data: 28/05/2012

Comissão tem como objetivo examinar o conteúdo da Convenção e da Recomendação do Trabalho Decente para Trabalhadoras e Trabalhadores Domésticos, aprovada na 100ª Conferência Internacional do Trabalho



Acontece nesta segunda-feira (28/05), na Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), a 6ª reunião da Comissão Tripartite do Trabalho Doméstico. A comissão está atualmente em fase de conclusão do parecer que acompanhará os textos da Convenção e da Recomendação sobre Trababalho Decente para Trabalhadoras e Trabalhadores Domésticos, aprovada na 100ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT.


A comissão tem como objetivo examinar o conteúdo da Convenção e da Recomendação sobre Trabalho Doméstico. Quando finalizado, o parecer  será submetido ao Congresso Nacional, conforme previsto entre as etapas para a integração de documentos internacionais ao ordenamento jurídico brasileiro.

Instituída em janeiro de 2012, a Comissão Tripartite é composta pelas seguintes instituições: Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, Secretaria-Geral da Presidência da República - SG/PR, Ministério da Previdência Social – MPS, Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, Confederação Nacional da Agricultura – CNA, Confederação Nacional do Comércio – CNC, Confederação Nacional de Saúde – CNS, Central Única dos Trabalhadores – CUT, Força Sindical – FS, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB, União Geral dos Trabalhadores – UGT e Nova Central Sindical dos Trabalhadores – NCST.

Reunião da Comissão Tripartite do Trabalho Doméstico
Data: 28 de maio de 2012 (segunda-feira)
Horário: 14h
Local: Auditório da SPM – Brasília/DF

Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR


SPM recebe até 31/5 projetos de enfrentamento à violência e promoção da autonomia das mulheres
15.05.2012 - Serão financiados projetos relacionados ao enfrentamento da violência contra as mulheres e à promoção da autonomia. Propostas devem considerar valores mínimos de R$ 100 mil para serviços comuns e R$ 250 mil para obras e serviços de engenharia.


A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) recebe até o dia 31 de maio propostas para financiamento de projetos relacionados ao enfrentamento da violência contra as mulheres e à promoção da autonomia, conforme anunciado nesta quarta-feira (9/5) no Diário Oficial da União. De acordo com os editais públicos, podem participar da seleção órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, além de instituições privadas sem fins lucrativos cuja finalidade se relacione diretamente às características dos programas e ações aos quais concorrerão. As propostas devem observar o valor mínimo de R$ 100 mil para os serviços comuns e de R$ 250 mil para as obras e serviços de engenharia.



As instituições interessadas têm prazo, até o dia 31 de maio, para encaminhar os projetos.  Para apresentar a proposta de trabalho, é necessário  que os proponentes sejam credenciados e devidamente cadastrados no Portal do Sistema de Gestão e Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). Após o encerramento dos editais, os projetos serão analisados por uma comissão técnica, de acordo com a política traçada no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e estabelecida no Plano Plurianual 2012/2015.


ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA - O edital de chamada pública 01/2012 oferece financiamento a propostas referentes ao enfrentamento à violência contra as mulheres por meio de quatro ações: ampliação de consolidação da rede de serviços de atendimento às mulheres em situação de violência; apoio a iniciativas de prevenção à violência contra as mulheres; capacitação de profissionais para o enfrentamento à violência contra as mulheres em situação de violência; e apoio a iniciativas de fortalecimento dos direitos das mulheres em situação de prisão. 

Nessa temática, serão priorizadas as iniciativas que visam a ampliação da Rede de Atendimento à Mulher, composta por delegacias especializadas de atendimento à mulher, centros de referência de atenção à mulher, serviços de saúde especializados, juizados de violência doméstica e familiar, varas adaptadas, promotorias especializadas, institutos médicos legais. Entre o público beneficiário prioritário, estão as mulheres do campo e da floresta e as mulheres negras.

Será creditada maior pontuação a projetos a serem implementados em áreas de fronteira, de obras prioritárias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de rotas de turismo sexual e tráfico de mulheres, e em áreas atendidas por programas sociais do Governo Federal, como Territórios da Cidadania, Minha Casa Minha Vida e Brasil sem Miséria. Vulnerabilidade e ocorrência de violência e capacidade financeira, técnica e operacional são critérios para recebimento de maior pontuação.

AUTONOMIA - O edital 002/2012 receberá propostas que tenham como objetivo a promoção da autonomia das mulheres em cinco ações. A primeira versa sobre a produção e divulgação de informações, estudos e pesquisas sobre as mulheres com ênfase para o mundo do trabalho em geral  e atividades, oficinas e estudos relativos ao trabalho doméstico remunerado e não remunerado.

A segunda ação destina-se a projetos que tenham como referência os eixos temáticos do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres: protagonismo e formação das mulheres jovens; capacitação e fortalecimento das políticas ao público LBT (lésbicas, bissexuais e transexuais); capacitação e fortalecimento das políticas públicas dirigidas às mulheres dos povos e comunidades tradicionais, para as mulheres do campo e da floresta; promoção de educação não sexista, não racista, não lesbofóbica e promoção da saúde e dos direitos sexuais e direitos reprodutivos das mulheres; realização de jornadas, encontros, seminários e palestras; e capacitação e/ou profissionalização das mulheres. 

As propostas da terceira ação deverão estar relacionadas à  incorporação da perspectiva de gênero nas políticas educacionais e culturais por meio do apoio a projetos sobre promoção da educação para o mundo do trabalho e promoção de uma cultura igualitária, democrática e não reprodutora de estereótipos de gênero, raça, etnia, orientação sexual e/ou geracional. 

A quarta ação está voltada ao apoio a organismos de promoção de direitos e de políticas para as mulheres por meio de organismos governamentais de políticas para as mulheres estaduais e/ou municipais e a núcleos de gênero, mulheres e feminismo. A quinta e última ação preveem financiamento de projetos de incentivo à autonomia econômica e ao empreendedorismo das mulheres, tomando como base o empreendedorismo e as atividades de promoção e divulgação da igualdade no mundo do trabalho.



Fonte:  Comunicação Social - Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR


Sempre existiu políticas pela defesa de negros e mulheres;a diferença é que na era contemporânea não existe mais a censura e a mídia que está mais acessível, divulga para o mundo inteiro ver qualquer tipo de movimento social.
As conferencias espalhadas pelos inúmeros países servem para definir o marco das políticas de direitos humanos, de gênero e de combate ao racismo, isso se deve a organização dos movimentos sociais e da conscientização da população que sempre sofreram com diversas discriminações que passaram a se unir em defesa própria, mas perceberam também que só teriam forças se houvesse a união.
Graças à convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher proposta em 1979 e vigente desde 1981, que um grande passo foi dado para “acordar” a sociedade e mostrar que pessoas unidas e organizadas são capazes de lutarem pelos seus ideais e que com esforço e garra a conquista aparece. Como já podemos ver em vigência as políticas em defesa da igualdade trabalhando em prol de erradicar qualquer tipo de discriminação no Brasil e no Mundo tendo apoio da ONU e de organizações dentro dos respectivos países.