EM BUSCA DA IGUALDADE

“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.”

(Karl Marx)

Uma sociedade democrática, justa e humanitária pressupõe o respeito a todas as pessoas e a garantia de direitos, independente de sexo, cor, idade, condições físicas, mentais e orientação sexual. Esta é uma disposição de nossa Lei maior, desde 1988. Cabe aos conselhos promoverem a discussão na sociedade, estimulando a transformação da mentalidade antiga para estes novos conceitos, visão de homens e mulheres, combatendo as desigualdades e valorizando a diversidade humana, em que todas as diferenças são fundamentais.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Ações desenvolvidas nas escolas

As origens da idéia de raça e evolução histórica da forma de como elas foram construídas nas ciências naturais até o século XIX e como foi repensada nas ciências sociais, na Antropologia em particular a partir do século XX. Veremos também, como o racismo foi desmontado enquanto ciência, por meio de argumentações da antropologia moderna, já na década de 1920, e depois pela ciência biológica baseada nos conhecimentos genéticos nas décadas posteriores. O racismo aparece com uma roupagem científica, é um tema estudado por vários filósofos e pensadores. Cada um tenta descrevê-lo da sua maneira e tenta mostrar onde o racismo aparece dentro de um processo histórico e até nos dias atuais.
Podemos perceber que o racismo é algo que existe no meio social há muito tempo, ele tem causado muitos transtornos e constrangimentos. O racismo está sendo abordado enquanto ciência, mas mesmo assim, não deixa de expressar sua idéia de ser algo que é prejudicial e negativo a humanidade. O gestor é um líder, cabe a ele a função de possibilitar na escola, empresa ou qualquer meio social em que atua um ambiente agradável e propício para desempenhar a sua função e desenvolver o seu trabalho de forma democrática. O gestor deve valorizar as pessoas as quais mantêm uma relação social de forma ética, crítica e participativa.
Não pode haver discriminação racial ou qualquer forma de preconceito no ambiente em que atua. As oportunidades devem ser oferecidas a todos igualmente. Entretanto, mesmo com o surgimento de leis que atuam contra o preconceito, nós sabemos que o racismo ainda predomina na nossa sociedade, pois, ainda existem pessoas que julga o outro pela aparência e mantém certo distancia, porque acham que são melhores do que o outro. Existem muitas formas de preconceito racial, e o Gestor deve agir juntamente com as entidades sociais criando e executando leis e projetos que envolvam a participação de pessoas independente de sua raça, cor ou etnia. Não podemos desistir temos que nos unir na luta contra o racismo. Só vamos conseguir se desenvolvermos ações que compartilhem uns com as outras idéias que contribuam nesse processo.  
Na Escola São João do Sobrado em Pinheiros, os professores e a equipe técnica estamos desenvolvendo um projeto que faz um resgate a cultura africana. Através desse projeto, estamos valorizando a cultura de um povo que embora, tenha sofrido muito pela pobreza, escravidão, preconceito, é um povo que contribuiu muito na formação de vários outros povos. Podemos nos maravilhar com as danças, comidas típicas, diferentes religiões, todo o processo histórico, econômico e social. Não podemos julgar as pessoas por pertencer a uma nação diferente e sim valorizar o que a mesma tem de melhor, bem como compartilhar idéias, valores e costumes.

Na nossa cidade existe também o grupo de capoeira, que é composto por jovens e crianças de várias classes sociais. As pessoas que freqüentam, são de bairros diferentes. Os professores são pessoas bem instruídas, bons profissionais ensinam os alunos a respeitarem uns aos outros, independente de sua origem ou classe social. Nessas aulas as pessoas que freqüentam recebem instruções de boa conduta, ou seja, como devem se comportar em casa, na escola, na igreja em qualquer lugar e o mais importante, aprendem a se defender.
Existem também escolinhas de futebol que reúnem crianças e jovens de todas as idades e classes sociais. No CRAS de Pinheiros são oferecidas oficinas de pintura, corte, costura depilações, manicure, cabeleireira, em fim ações que ajudam as mulheres a se aperfeiçoarem em alguma área de trabalho. Esse trabalho é maravilhoso, pois ajuda muito a superarmos o preconceito e valorizar o que cada mulher independente de raça, cor ou etnia tem de melhor para oferecer e também a se tornarem boas profissionais.


Relato de uma aluna do Curso em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça

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