O corpo de fêmeas, por exemplo, é diretamente associado à delicadeza e feminilidade. Isso fica claro quando vemos mulheres "viris", ou que se recusam a seguir os padrões sociais mais comuns: há uma repulsa imediata de muitas pessoas a tais personagens "desviadas". Segundo mostram cientistas sociais e feministas, há um trabalho social intenso que ocorre desde a infância, associando meninos a esportes, aventura, lutas e competição, e meninas a coisas do lar e objetos e atividades delicadas. Não há, portanto, nada de natural nessa forma de ser "feminino". A questão é cultural, até porque em outros tempos e/ou lugares, as ideias de feminino e masculino variam bastante.
A feminilidade, na cultura brasileira, é associada ao âmbito doméstico (cuidar da casa e dos filhos), à fragilidade e à vaidade. Dessa forma, mulheres são, em geral, pensadas como boas professoras (pois saberiam cuidar melhor de crianças), mas péssimas executivas (pois não seriam tão competitivas) ou policiais (por conta de uma suposta fragilidade física). Ainda hoje é motivo de espanto ver mulheres executando tarefas tradicionalmente masculinas, como lutar no exército ou dirigir táxis e ônibus.
A feminilidade, na cultura brasileira, é associada ao âmbito doméstico (cuidar da casa e dos filhos), à fragilidade e à vaidade. Dessa forma, mulheres são, em geral, pensadas como boas professoras (pois saberiam cuidar melhor de crianças), mas péssimas executivas (pois não seriam tão competitivas) ou policiais (por conta de uma suposta fragilidade física). Ainda hoje é motivo de espanto ver mulheres executando tarefas tradicionalmente masculinas, como lutar no exército ou dirigir táxis e ônibus.
O dilema da mulher executiva é, portanto, o de parecer profissional sem transformar-se em homem, o que seria altamente indesejável na nossa cultura. Enquanto homens não precisam fazer tanto esforço para parecer sérios no mundo do trabalho, mulheres precisam lidar com a ambiguidade de estar numa atividade pensada como tradicionalmente masculina, tendo de aparentar feminilidade. Roupas são apenas parte dessa equação: toda a aparência, a maquiagem e mesmo os gestos estão carregados de sentidos culturais. O saber portar-se no emprego torna-se, assim, uma tarefa das mais complexas.
Os avanços, no entanto, são facilmente perceptíveis, especialmente com a efetiva maior presença feminina nas empresas. A própria existência desse dilema sobre "o que vestir" demonstra a força das mulheres, que cada vez mais exploram seu lado profissional, buscam consolidar carreiras e ascendem a cargos de grande responsabilidade. Por outro lado, a questão expõe a fragilidade dessas conquistas. As mulheres ainda precisam provar o todo tempo que estão aptas ao mundo do trabalho. Mudanças culturais levam tempo para se firmar.
A conquista da mulher por um lugar de igualdade na sociedade está apenas começando. O convencionalismo ainda fala mais alto. Mas são conquistas importantes. Quando percebemos que as novas gerações de mulheres brasileiras estudam mais do que os homens ainda não significa que a mulher tenha melhor remuneração, claro que isso conta para uma maior autonomia, entretanto a desigualdade se conserva e necessita de políticas de promoção pela igualdade.
A crescente mobilização de distintos âmbitos sociais em favor do reconhecimento da legalidade e suas diferenças tem correspondido a uma percepção cada vez mais perspicaz do papel estratégico da educação para a diversidade. Ela é vista como fator fundamental para garantir inclusão, promover igualdade de oportunidades e enfrentar toda fatalidade de preconceito, discriminação e violência, especialmente no que se refere a questões de gênero e sexualidade. É preciso mais que educar para as diversidades, é necessário praticar as diferenças. Podemos até não sermos adeptos (as) a movimentos sociais de diversidades sexuais, mas é nosso dever respeitar as determinadas diferenças.
Infelizmente vivemos numa sociedade ainda “machista”, onde a mulher tem que lutar muito para ser respeitada e tratada com dignidade. A violência doméstica física e verbal é fato, e muitas mulheres não têm coragem de denunciar tais agressões. Suportar violência e não denunciar é algo real entre mulheres que sofrem algum tipo de brutalidade. Elas se ocultam e se recolhem em seu mundo, agindo com toda simplicidade em seu dia a dia e vivem abafadas pelo temor daqueles que a fizeram sofrer atos violentos. O que acontece é que muitas mulheres antes de pensar em denunciar, pensa em tudo e em todos que estão a sua volta , esquecendo que a pessoa mais atingida é ela mesma. E muitas pelo fato de serem dependente financeiramente do marido, sofre com medo de como será o depois? O que minha família irá dizer? Como os meus filhos vão reagir? Etc. e assim vão levando vivendo e apanhado, quando não chegam ao óbito. Mulher tem que estar atenta aos seus direitos, e faço o possível para compartilhar o que sei às minhas companheiras e sempre reafirmo que mulher bem informada não deve se acovardar. Denunciar é a nossa melhor proteção.
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